HIC ET NUNC | O Cerco

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No dia do debate realizado a 19 de Fevereiro, entre Luís Montenegro, líder da AD e Pedro Nuno Santos, líder do PS, teve lugar uma manifestação de alguns agentes das forças de segurança PSP e GNR, em luta por melhores condições de trabalho, incluindo remunerações de acordo com a responsabilidade das suas funções. Pelo que é público, alguns dos manifestantes presentes no protesto, saíram do Terreiro do Paço em Lisboa e sem que estivesse previsto, dirigiram-se para a zona do Teatro Capitólio, no Parque Mayer, onde se realizaria o debate.
A este acontecimento ilegal, devido à alteração de percurso sem aviso prévio, já que a liberdade de manifestação tem que ter regras, já ouvi as mais variadas adjetivações, condicionamento, coação, sensação de sequestro e até cerco.
Aceitando a utilização de linguagem metafórica em política, em que muitas vezes se acentua ou desvaloriza os acontecimentos conforme o interesse do orador, catalogar aquilo que aconteceu à porta do Capitólio como cerco é manifestamente exagerado e desonesto.
Mais desonesto é dizer-se na análise política posterior, que independentemente do conteúdo das intervenções dos dois candidatos a PM, o vencedor do frente-a-frente, seria sempre o líder socialista pela postura de estado demonstrada na sua intervenção inicial.
Este é aquele político que enquanto Ministro aprovou uma indemnização de 500.000€ por watsup para depois se esquecer dessa ordem, que assinou o despacho com a localização do novo aeroporto sem autorização do PM António Costa e que há alguns anos em plena intervenção da Troika, enquanto deputado socialista, sugeria que Portugal deveria ameaçar os banqueiros alemães que não pagaria a dívida, atitude que lhes colocaria as pernas a tremer. O sentido de responsabilidade do líder do PS está bem patente nestes três exemplos ou na forma como aceitou durante os anos da geringonça as imposições dos parceiros de coligação, nomeadamente as alterações nos contratos de associação que levariam ao encerramento de muitos colégios por todo o País.
Para além da falta de responsabilidade e comportamento errático do líder do PS temos um partido que baseia a sua campanha no medo, o medo do regresso dos agentes da Troika, o medo do acordo secreto com o Chega, o medo da Alternativa Democrática, sempre o medo. Cinquenta anos após o 25 de Abril existe um partido, fundador da democracia, que baseia a sua ação no medo e na distribuição de benefícios pelos seus protegidos, características de atuação mais comuns noutro tipo de regimes.
Por isto e muito mais, dia 10 de Março há que fazer a diferença, dar esperança aos Portugueses e votar na Mudança.
Nos dias, meses e anos que se seguirão às eleições, cá estaremos para exigir ao governo da AD que cumpra; que governe para as pessoas, que resolva os problemas urgentes na Educação e na Saúde, que liberte as empresas e os cidadãos da asfixia fiscal, que reforme a justiça, que proteja os doentes, que valorize quem trabalha e que castigue quem só prejudica e explora a sociedade.
Dia 10 de Março, Vote Aliança Democrática, a Mudança Certa!

Telmo Lopes
Presidente da concelhia de Pombal do CDS-PP

*Artigo de opinião publicado na edição impressa de 29 de Fevereiro