HIC ET NUNC | Provocar o impulso de imperativo

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A sociedade atual vive hoje transformações de tal ordem aceleradas que, muitos daqueles (os mais capazes) que mais contributos deviam dar, acabam por afastar-se (provavelmente ocupados com os seus afazeres pessoais e profissionais) de alguns papeis sociais (não menos importantes) condenando ou pelo menos, adiando a chegada de um progresso, se não, civilizacional, pelo menos intelectual.
Dito isto, o referido progresso fará o seu caminho natural, mas fá-lo-á de forma mais lenta e quem sabe, de forma menos eficaz do que aquela que teria, tivesse a sociedade contado com o contributo dos supramencionados: – «mais capazes».
Ora, se na física, o elástico pode esticar ou encolher, mais ou menos, em função das circunstâncias, sem grande perda de valor, já na sociedade as oportunidades que se perdem nesse processo de ajustamento acabam por marcar as mesmas, quanto mais não seja, culturalmente. Quantos de nós nunca comentou que determinado território, bem próximo, é completamente diferente em termos sociais, culturais, etc…, do que o nosso? Até é essa, a razão para procurarmos respostas mais interessantes, percorrendo alguns quilómetros para encontrar aquilo que tanto se anseia, mas que por cá não encontramos.
É obvio que neste xadrez de papeis sociais, muitos são aqueles que, por desconhecimento ou interesse próprio (acredito mais na segunda hipóteses), não querem que este caminho se faça a uma velocidade acelerada.
Cabe aos que se preocupam com estas matérias, apelar àqueles que, com valor, ainda não saíram da sua zona de conforto. É preciso provocar neles o impulso de imperativo que não os permita recusar o desígnio que é, o de colaborar ativamente nos desafios da sociedade contemporânea a bem de um melhor futuro coletivo.
Qualquer outro cenário, irá condenar-nos à mediocridade, o que não é de seguramente uma boa opção.
Fique com esta reflexão.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo 2020.

Pedro Pinto
Presidente da Concelhia do CDS-PP de Pombal