Hospital de Pombal acolhe a primeira unidade de convalescença do distrito

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A primeira Unidade de Internamento de Convalescença do distrito de Leiria vai ser criada,em 2016, no Hospital Distrital de Pombal, anunciou ontem (sábado, 27 de Junho) o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Leiria, Hélder Roque. O anúncio foi feito durante a sessão solene do Dia do Hospital, inserida nas comemorações dos 50 anos da inauguração do edifício do Hospital de Pombal.

Para aquele responsável, aquela unidade de Internamento, destinada a pessoas que necessitem de cuidados hospitalares por um período inferior a 30 dias, “é uma oportunidade de estratégia para o Hospital Distrital de Pombal”, enquanto para Diogo Mateus, presidente da Câmara Municipal, poderá transformar a unidade de saúde “numa referência para a zona centro”.

Hélder Roque aproveitou a ocasião para se referir ao Centro Hospitalar de Leiria, criado em 2011 resultado da fusão do Hospital Distrital de Pombal com o Hospital de Santo André (Leiria), como uma “grande unidade de saúde da região de Leiria”. No seu entender, “não é um centro hospitalar qualquer” mas sim “diferente” que viveu “a fase mais dinâmica da sua vida” nos últimos anos, registando um “rumo de crescimento” que a instituição pretende “estender” ao Hospital Distrital de Pombal.

O responsável enumerou os investimentos já realizados no hospital de Pombal, outros em curso e ainda outros em projecto, que totalizam cerca de dois milhões de euros. Sendo aqueles”a mais-valia de se ter constituído um centro hospitalar”, até porque, na sua opinião, “o hospital só por si não tinha possibilidade de fazer estas intervenções”.

Umopinião corroborada pelo ministro da Saúde. Paulo Macedo recordou que aquando da fusão com o Hospital de Santo André (Leiria), o hospital de Pombal apresentava “uma produção modesta, resultados negativos e dívidas substanciais de mais de quatro milhões de euros”. “Era urgente intervir de forma a recuperar uma unidade com história”, disse.

Hoje, Paulo Macedo não tem dúvidas de que se tratou de uma “integração bem-sucedida”. Tanto ao nível da “sustentabilidade económico-financeira, mas sobretudo, assistencial”.

O governante terminou a sua intervenção “a pensar na saúde em Pombal”, com investimentos a serem realizados no hospital, reforço dos serviços aos cidadãos, requalificação e ampliação do Centro de Saúde, uma nova Unidade de Saúde Familiar que entrou em funções, uma outra a preparar o seu início de actividade, e planos concretos para o futuro com a criação da Unidade de Internamento de Convalescença. ” Quando enumeramos tudo isto, se calhar, ficamos admirados”, frisou.

Os 50 anos do Hospital de Pombal ficaram assinalados com a inauguração de um monumento por parte da Santa Casada Misericórdia, entidade proprietária do edifício. Uma iniciativa que pretendeu, segundo o seu provedor, homenagear aqueles que contribuíram para a construção daquela unidade hospitalar. “A construção do hospital foi um momento de grande capacidade do nosso povo, porque foram de uma abnegação e de uma solidariedade, como nunca antes o foram”, afirmou Joaquim Guardado.

O provedor anunciou a construção, para o próximo ano, de uma nova estrutura residencial da Misericórdia e desejou que “nas actuais circunstâncias” o Hospital Distrital de Pombal “continue a ser gerido pelo Estado”. Isto, porque “estamos num momento em que o Governo acordou com a União das Misericórdias a devolução dos hospitais às suas misericórdias”.

COLABORADORES E ANTIGOS DIRECTORES DISTiNGUIDOS

O Dia do Hospital serviu para que o conselho de administração distinguisse, este ano, os antigos directores do Hospital Distrital de Pombal, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Foram eles: Luís Rodrigues Brites, José Carlos Jorge Ferreira, Manuel Carlos Júnior – estes a título póstumo – João Manuel Coucelo, Jorge Gonçalves Silva, Luís Fernando Garcia e Helena Porfirio.

Bem como ocolaboradores no activo com mais de 25 anos de serviço: Fernando Dias, Isabel Testa e Alcina Póvoa, e os colaboradores que se apresentaram no último ano: Fernando Silva, Laurinda Ferreira, Cristina Marques e Otília Oliveira.

ORLANDO CARDOSO (texto e fotos)