No decorrer a Assembleia Municipal, que reuniu esta segunda-feira, Pedro Brilhante apresentou uma nova proposta da JSD, esta no sentido de defender a alteração da data do feriado municipal de Pombal para que este passe a realizar-se na segunda-feira de Bodo.
Para a JSD, o feriado municipal a 11 de Novembro, “não deixa de ser um dia no qual a esmagadora maioria dos pombalenses não se revê”, estando “longe de ser uma data agregadora e congregadora dos pombalenses, em parte por não coincidir com quaisquer festejos, que não as comemorações oficiais”
Perante esta constatação, a alternativa que apresentam é a segunda-feira de Bodo, argumentando com a realização dos festejos que marcam Pombal e que “são uma referência de todo o concelho, de todos os pombalenses, de todas as gerações, de toda uma região”. Como defendeu Pedro Brilhante, esta alteração “representaria uma identificação imediata de todos os pombalenses com o seu feriado, com as suas tradições, com as suas gentes e com os filhos que nesta data regressam ao concelho”.
A proposta lida na assembleia foi acompanhada de um resumo histórico, em que Nelson Pedrosa, historiador, dá conta que o feriado municipal já foi assinalado em diferentes datas, e que até já houve uma tentativa, em 1954, de fixar a segunda-feira de Bodo como feriado municipal. Mas a data não foi consensual, nomeadamente por não se tratar de uma data fixa, constituindo “uma batalha árdua, que três anos mais tarde, em 1957, continuava por concretizar”. Segundo a nota histórica, em 1966, na presidência de Francisco Menezes Falcão, determinou-se o feriado municipal a 11 de Novembro, data em que se invoca São Martinho, o santo padroeiro de Pombal.
Michael António elogiou a “coragem da proposta” da JSD, considerando-a “uma pedra no charco” e acredita que irá “fazer correr muita tinta”. Já Henrique Falcão, dirigiu-se a Pedro Brilhante recomendando que, “quando não se revê numa data, pode procurar, quanto mais não seja perguntar aos mais velhos, e será certamente esclarecido porque é que foi escolhida essa data”.
Diogo Mateus não comentou o teor da proposta, remetendo para a Assembleia Municipal a possibilidade de esta vir a fazer essa discussão, uma vez que é desta a competência para tomar este tipo de decisões “Estou certo que a mesa e as várias bancadas terão ocasião de fazer essa discussão, envolvendo a população, de forma a que esta participação seja ampla, seja profunda, e permita uma discussão em consciência”, assinalou o autarca.
ANA DE JESUS (texto e foto)
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