O lar da Cumieira atravessa tempos de bonança depois da “tempestade” vivida durante a primeira vaga da pandemia. Para trás ficaram as aflições causadas por um surto de Covid-19, mas também as dificuldades financeiras que o SARS-CoV-2 veio intensificar.
Em Março de 2020, logo a seguir ao país entrar no primeiro confinamento, o lar da Cumieira teve uma visita inesperada. O então novo coronavírus tinha entrado na instituição e infectou vários utentes e colaboradores. Seguiram-se “momentos muito apreensivos e de grande preocupação”, recorda o presidente da direcção, Joaquim Silva, evidenciando as dificuldades vividas.
Faltavam recursos humanos para prestar apoio na instituição. E “se já não era fácil encontrar pessoas para trabalhar no lar antes da pandemia, na altura ainda pior”. Valeu a ajuda da Cruz Vermelha e de um “técnico especializado neste tipo de situações”.
“Foram momentos de grande turbulência que ultrapassámos com ajuda técnica”, reitera o dirigente, salientando que “este técnico foi uma ajuda essencial” tanto naquela situação, como nos tempos que se seguiram. Afinal, “as dicas e caminhos que nos indicou têm sido uma mais-valia para manter esta casa nas condições em que se encontra hoje”.
“Nunca mais tivemos qualquer infecção na instituição”, realça Joaquim Silva, frisando que “é preciso manter a guarda, tal como somos aconselhados diariamente”. Por isso, “cuidados redobrados, desinfecção constante e protecção individual de cada um” passaram a ser regras indispensáveis no lar. “Estes são os segredos” e os conselhos que deixa às instituições congéneres para evitarem os “momentos de aflição” por que passaram.
Por sua vez, a ajuda da Cruz Vermelha foi fundamental para colmatar a carência de recursos humanos, tanto naquele período, como nos tempos que se seguiram, uma vez que “algumas dessas pessoas que vieram ajudar através da Cruz Vermelha, mantiveram-se no lar e integraram o quadro da instituição”.
“Actualmente, o lar da Cumieira está estabilizado a todos os níveis, tanto em termos de pandemia, que não voltámos a ter casos positivos, como em termos financeiros”, congratula-se Joaquim Silva, lembrando que o surto agravou as contas da instituição, pois “durante um período tivemos uma quebra de utentes, porque alguns faleceram e as vagas não foram preenchidas de imediato”.
Mas, “felizmente”, a “tempestade” passou e “neste momento o lar está a funcionar com a capacidade máxima e as coisas estão a progredir favoravelmente”, concluiu o dirigente.
Carina Gonçalves | Jornalista