Naquela que é a segunda edição “Da Ilustre Terra do Marquês”, Manuel Domingues, o autor, faz renascer a obra editada em 2011 e, ontem como hoje, o livro apresenta-se com uma actualidade e abordagem temática, ao longo das suas 77 crónicas, que lhe dão um cunho intemporal.
À mesa do Café Concerto, numa cerimónia informal e perante um grupo restrito de convidados, Manuel Domingues falou daquele que considera ser um vício “razoavelmente saudável”: a escrita.
Mário Diogo, que assina uma vez mais o prefácio, diz que a escrita do autor, “mais do que uma forma de estar, é prolongamento da sua forma de ser”. Dono de um carácter “civicamente interventivo”, o advogado considera que este traço, assente na premissa “dar de si sem olhar a si”, é absolutamente fundamental para confrontar “este fluir dos tempos”, enaltecendo assim o “espírito de dádiva” que o livro congrega.
“Vivemos com o que recebemos mas marcamos a vida com o que damos”. A expressão é da autoria de Winston Churchill, mas Mário Diogo fez questão de a invocar para reforçar o carácter solidário da publicação.
No final, e em jeito de desafio, o advogado exorta os leitores a começar a leitura do livro pela crónica “Portugal, Março de 2048”, pela capacidade de antevisão aí manifestada.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Pombal realçou a importância de um contributo crítico para a sociedade, veiculado através de “opiniões credíveis”, em contraponto com aquilo a que chamou de opiniões de “mau gosto”. Para Diogo Mateus, os artigos de Manuel Domingues são uma “lufada de ar fresco”, reflexo de uma personalidade onde tomam parte valores como a capacidade crítica e de argumento, a solidariedade, a justiça e, sobretudo, “um grande amor à terra”, sintetizou o autarca. “Obrigado pela sinceridade da sua opinião”, concluiu Diogo Mateus.
Durante a cerimónia de apresentação da 2ª edição do livro “Da Ilustre Terra do Marquês” foram também entregues os cheques – no valor de 600 euros cada – às instituições para as quais reverteu a receita da venda da 1ª edição: Bombeiros Voluntários de Pombal, Centro Social de Vila Cã e Fundação Rotária Portuguesa.