Nascida em Lisboa, mas a residir em Pombal, Luísa Venturini tem mais um romance publicado. Trata-se de “A Casa do Alto”, obra que foi lançada na Feira do Livro de Lisboa, e que teve apresentação em Pombal, na Cervejália, no passado dia 24 de Junho, cerca de ano e meio depois do lançamento da sua obra anterior, “Folhas de Chá”.
Trata-se de “uma grande história de amor ou, talvez, a história de um grande amor”, como se lê na sinopse. Mas também pode ser “a história de uma viagem, a de Marie-Thérèse (protagonista do romance) ao encontro de si própria”.
Neste seu novo romance, apresentado na companhia de Nuno Gabriel Oliveira e de Teresa Adão, directora da editora Edições Esgotadas, Luísa Venturini utiliza como cenário uma Lisboa em transformação, “dos cinzentos anos 50 aos alvoroçados anos 60, dos inebriantes anos 70 à lenta construção de uma modernidade e de uma democracia nas décadas seguintes”. O amor, a solidão e a música, ente outros, são temas presentes na obra. A capa do livro é a reprodução de uma aguarela do pintor Paulo Ossiao que retrata a vista que Marie-Thérèse teria do patamar da Casa do Alto.
Luísa Venturini desde cedo se interessou pelas palavras, tanto lidas como declamadas. Além de escritora e tradutora, é também editora. Tem colaborado em várias iniciativas literárias em Pombal, como aconteceu, ainda na passada semana, no Caminhos de Leitura – Encontro de Literatura Infanto-Juvenil de Pombal. Foi agraciada com o Prémio Bocage de Poesia pelo seu trabalho Os Desnortes de Manuel Maria. Escreveu os romances A Gaiola dos Periquitos, O Grupo de Colares e Das Horas, além das colectâneas O Persa e outros contos, Crónicas e desabafos e Folhas de Chá.