A falta de habitação para arrendar na freguesia de Meirinhas é um obstáculo à fixação de população. Mas o presidente da Junta está empenhado em ultrapassar essa dificuldade, contando, para isso, com a ajuda dos proprietários.
O presidente da Junta de Meirinhas desafiou os proprietários da freguesia a recuperar o edificado para aumentar a oferta de habitação no mercado de arrendamento, permitindo fixar mais população no território.
“É urgente que Meirinhas tenha mais casas para arrendar para fixarmos a população que nos é necessária e que nos faz falta nas nossas empresas e indústrias”, sublinhou João Pimpão, desafiando os meirinhenses a “um esforço para disponibilizarmos mais casas para habitação”.
Para o autarca, “é urgente dar condições de habitação a quem se quer cá fixar, residir e fazer vida”. Por isso, apelou ao “esforço de todos na recuperação do edificado e na sua colocação no mercado de arrendamento”.
Este é um desafio que a freguesia é capaz de concretizar, acredita João Pimpão, salientando que “somos uma freguesia de vencer desafios”, tal “como se comprova pela natalidade, onde somos uma das únicas freguesias que tem registado bons índices de natalidade”.
“Pena é que as respostas em berçário e em creche não acompanhem este aumento”, lamentou o presidente da Junta, referindo-se à lista de espera superior a 10 crianças na creche da Associação Lar da Felicidade, a qual devia ser contemplada com um “aumento dos lugares disponíveis em berçário e a abertura de mais uma sala de creche”.
Afinal, “Meirinhas é uma freguesia que tem natalidade” e “cada vez mais famílias procuram as nossas creches e escolas dada a facilidade de mobilidade”, argumentou, reclamando ainda melhorias nos transportes públicos.
“A mobilidade tem de ser urgentemente melhorada com oferta de transportes públicos entre Pombal e Leiria, com a cadência necessária a dar resposta à urbanidade que cada vez mais se vive neste eixo Pombal-Meirinhas-Leiria-Marinha Grande”, frisou.
João Pimpão falava na cerimónia de inauguração da estrutura residencial para idosos, que descreveu como “uma casa com dedicação exclusiva a cuidar dos nossos mais vividos”.
Estes e outros investimentos são fundamentais para combater “o problema profundo com a falta de pessoas que o país e a região enfrentam”, considera a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Neste sentido, é preciso apostar em “políticas de apoio à natalidade, acompanhamento de idosos e criação de habitação para fixar população”, defende Isabel Damasceno, assinalando a “importância absolutamente ímpar do poder local no desenvolvimento do país”.
Carina Gonçalves | Jornalista
*Notícia publicada na edição impressa de 03 de Fevereiro