Aos 18 anos, Eloisa Santos é já uma promessa no mundo da moda. Residente em Pombal, a modelo regressou recentemente de uma temporada em Milão, onde realizou inúmeros castings, mas o portefólio da estudante na área do Marketing conta com inúmeras experiências de relevo.
A ligação de Eloisa à moda é fruto do acaso. Aos 15 anos “fui descoberta na rua por um conhecido do meu agente e depois, no processo de agenciamento, o meu agente gostou das minhas características”, conta. Acabou por assinar contrato com a BOUND Management, em Janeiro de 2020, o que lhe abriu portas de uma carreira onde está determinada a ‘dar cartas’. “Após o agenciamento, tem sido tudo muito rápido”, revela Eloisa Santos, que tem agarrado todas as oportunidades que lhe vão surgindo. “Já fiz Moda Lisboa, Portugal Fashion e hoje estou agenciada em Paris e Milão, sendo que a minha agência-mãe é a BOUND”, reconhecendo que tem sido graças a este agenciamento que tem chegado mais longe, inclusive a uma carreira internacional, “que espero conseguir manter”.
Mas para singrar na moda “não basta uma cara bonita e um corpo saudável e em forma”, nota Eloisa. A diferença marca-se, também, na “atitude”, explica a jovem. A estes factores determinantes, Eloisa acrescenta-lhe o apoio familiar [que no seu caso tem sido incondicional] e da agência, a “força de vontade”, o “gosto pela área”, mas também a capacidade psicológica “para lidar com a rejeição” que muitas vezes acontece nos castings. “Ao entrar no mundo da moda percebi que as pessoas, fora deste mundo, têm uma visão completamente diferente do mundo da moda, do que ele realmente é e do quanto pode ser problemático e difícil”.
Nesta jornada, Eloisa reconhece também o grande esforço que é preciso fazer para conciliar estudos e carreira, “mas tenho feito os possíveis”. Para isso, “eu e o meu agente tentamos marcar mais trabalhos para o fim-de-semana ou feriados quando dá, para eu não perder muitas aulas e matéria, mas às vezes é inevitável”, assume, sobretudo a partir de agora, com a internacionalização.
Na balança, a jovem modelo reconhece, que a carreira é, neste momento, “a maior prioridade”, ainda que vá “tentar manter a escola até onde for possível”, até porque
“as minhas agências lá fora também compreendem que é importante a minha
formação escolar. Acredito que tudo se fará no tempo certo”.
Com os pés bem assentes na terra e ainda a dar os primeiros de uma carreira fora das fronteiras nacionais, Eloisa tem consciência que “só com muito trabalho, alguma sorte e a direcção certa do meu agente e agências internacionais” poderá continuar a somar conquistas. “O objectivo é difícil mas é o que quero”, afirma com determinação, dizendo estar “preparada para fazer tudo o que é possível”. “Veremos o que o futuro me reserva”, acrescenta, em tom de optimismo, na expectativa de, “como qualquer modelo”, a ambição passar por chegar “ao topo e ser considerada uma das melhores modelos”.
Maturidade acima da média
Eloisa Santos tinha ainda 15 anos quando chegou à agência BOUND. João Matias apercebeu-se de imediato do “potencial” da jovem de Pombal. No primeiro ano, “fez essencialmente trabalho de construção de portefólio, que passou muito pelo que nós
chamamos de ‘test-shots’, que serviram para mostrar a imagem e construir a
imagem da Eloisa no mercado”. Ultrapassada a primeira etapa, João Matias diz que “a evolução foi muito rápida”, o que não surpreendeu o agente, atendendo à personalidade da jovem. No segundo ano como modelo da BOUND, Eloisa participou na Moda Lisboa e no Portugal Fashion, entre outros trabalhos, mas já antes disso, Eloisa tinha despertado “o interesse de agências internacionais”. Após as negociações, a BOUND manteve-se como a agência-mãe, mas Eloisa está também agenciada nas principais capitais mundiais da moda, Paris e Milão, onde já trabalhou para clientes de referência.
Mas a evolução de Eloisa não foi apenas como profissional, mas também “como pessoa”, destaca João Matias. “Sempre revelou maturidade acima da média, não se deslumbra facilmente, é bastante leal aos seus e a quem a ajuda a ser
melhor modelo e pessoa a cada dia”. Uma característica que o agente diz ser algo raro hoje em dia entre modelos, que muitas vezes “só vão pelo nome das empresas mais conhecidas, sem avaliar sequer se será a oportunidade certa” atendendo às suas características.
Das características físicas, onde se destaca o 1,78m de altura e as “medidas de uma modelo que poderia vingar na era dourada dos anos 90, como várias
top models”, João Matias aponta ainda o rosto exótico de Eloisa como traços que a diferenciam. “O mundo da moda está sempre à procura de um
rosto diferente” e, além disso, “a Eloisa é aquela modelo natural, que come o que quer e, mesmo assim, mantém as ‘skinny legs’. É muito triste quem não tem
corpo de fashion [corpo de modelo de passarela] e precisa forçar para o
conseguir. Costumo usar uma expressão que cabe na perfeição na Eloisa que é
‘She’s got’, ou seja, ela tem…ela tem atitude! Porque eu já vi muita
modelo considerada bonita não vingar porque não tem atitude e/ou
maturidade para aguentar a vida de uma modelo que tem regras para além
do glamour que todo o mundo vê”, explica João Matias.
Neste contexto, o agente acredita que os atributos de Eloísa, como pessoa e como modelo, têm tudo para a ajudar a concretizar os seus objectivos e a proporcionar-lhe “estabilidade na carreira”, algo que não está ao alcance de todos os profissionais do mundo da moda.
*Notícia publicada na edição impressa de 18 de Agosto