Nos Móveis Ilídio da Mota, as portas reabriram no primeiro dia do mês com uma imagem totalmente renovada. Para aqueles que conheciam o espaço, sugerimos que guardem no baú de memórias as imagens do passado e se deixem embarcar numa viagem, conduzida pelos responsáveis da mítica empresa, às mudanças realizadas no período de confinamento obrigatório. Uma conversa onde sobressaem, também, as medidas adoptadas para receber os clientes em segurança, bem como a relação de longa data com o mercado de emigrantes.
Empresas como os Móveis Ilídio da Mota dispensam apresentações. O já longo historial fala por si e fazem desta casa um guardião de memórias de inúmeras gerações, graças à capacidade de, ao longo deste caminho e a cada novo desafio, ter sabido sempre reinventar-se. E é possivelmente essa marca diferenciadora que explica um trajecto de sucesso, iniciado em 1962, pela mão do patriarca da família (e apoiado pela esposa), mas a que os cinco filhos souberam dar continuidade, sem deixar esmorecer os pilares fundamentais: qualidade superior, um atendimento que procura responder aos anseios do cliente e uma assistência personalizada, em qualquer parte do país e também no estrangeiro.
É neste contexto que os Móveis Ilídio da Mota voltam a marcar posição no mercado, ao abrirem portas com as lojas totalmente renovadas, em linha com aquelas que são, actualmente, as grandes apostas em termos de decoração e mobiliário.
Depois de mais de dois meses de portas fechadas, os vários pisos daquele que é o edifício-sede, na Rua João de Barros, estão agora preparados para receber os clientes com toda a segurança e conforto redobrados. Os cerca de 3000m2 de área, distribuídos por seis pisos, foram totalmente renovados e divididos de forma a criar ambientes personalizados, com um toque intimista e muito mais clean, facilitando a escolha de quem os procura. Para trás, ficam os pisos segmentados por artigos e ganha visibilidade o mobiliário sectorizado em salões e onde o cliente encontra sugestões daquela que poderá ser, por exemplo, a sua futura sala ou quarto.
Neste universo de opções não faltam diferentes estilos, complementados pela possibilidade de o cliente poder ainda personalizar as peças escolhidas. Uma facilidade que resulta do facto de os Móveis Ilídio da Mota trabalharem sobretudo com mobiliário nacional onde, a par desta particularidade, as peças se distinguem pela qualidade e design de excelência.
Numa época em que o contemporâneo domina as preferências dos consumidores, a maior área de exposição é dedicada a este segmento. Aqui, o mobiliário branco mostra-se em destaque, conjugado com as cores vivas nos elementos decorativos, e muitas vezes associado a peças onde a madeira e outros materiais mais naturais ganham relevo.
Mas porque no que toca a gostos não há unanimidade, mesmo que as tendências ditem grande parte da procura, os restantes pisos estão sectorizados pelos estilos clássicos, juvenil e low cost. Há ainda uma área dedicada à colchoaria, à semelhança do que já acontece na Ilídio da Mota Relax, em Pombal, inaugurada em 2014.
A par da qualidade, os clientes procuram sobretudo “coisas leves, ou seja, uma decoração que dê mais alegria à casa”, onde imperam “estas cores actuais dos lacados”, centradas sobretudo “nos brancos ou nos carvalhos mais naturais”, explica a gerência. Um “design leve, prático e funcional”, personalizado à medida de cada um. A realização de projectos 3D é outra das opções ao dispor do cliente e permite visualizar o resultado final das escolhas feitas.
Para trazer até Vermoil a melhor selecção de artigos, os responsáveis da empresa acompanham de perto o que de melhor é feito nesta área. “As novidades que vão surgindo nas feiras internacionais de Setembro e Fevereiro estão aqui apresentadas”, revelam os responsáveis.
Tal como a Loja 1, também a Loja 2, instalada desde 1989 junto à Igreja Matriz, foi alvo de um refresh na imagem. Apesar de ser conhecida como o espaço dedicado aos sofás, os cerca de 1.000m2 estão também ocupados por uma exposição de cozinhas e roupeiros, feitos por medida, e que são alvo de uma forte procura por parte do mercado francês. Aliás, é neste país, com uma presença muito significativa da comunidade emigrante, que os Móveis Ilídio da Mota têm o maior nicho de mercado, fora das fronteiras nacionais. Para isso contribui a excelência da relação qualidade/preço, mas também o serviço prestado. “Fazemos entregas directas como se fosse cá”, explica a gerência. Um requisito que se estende à assistência, que funciona “normalmente”, como se os artigos tivessem sido comprados em Portugal. E é nos produtos de gama média e média/alta, os mais procurados pelos emigrantes, que os Móveis Ilídio da Mota não encontram concorrência no mercado francês. “Conseguem-se os preços a 1/3 do valor. Com muita qualidade e com a tal personalização do serviço”, explicam os responsáveis, ao ponto de estas mais-valias serem ponto de partida para conquistar outros clientes naquele país (que não os emigrantes), que fazem questão de manifestar reconhecimento pela qualidade do serviço, que inclui entrega, montagem e assistência. “Há uma vantagem muito grande em comprar produto em Portugal”, salientam os gerentes da casa, lamentando contudo não terem podido receber na Páscoa, e como é habitual, os emigrantes que os visitam nesta altura com o intuito de preparar as entregas que deverão acontecer no Verão. Contudo, e atendendo às restrições de circulação impostas pela pandemia, houve quem optasse por fazer as encomendas através do site.
Canais digitais para facilitar as vendas
Com as lojas fechadas a partir do dia 20 de Março, a empresa encontrou nos canais digitais (site e facebook) a melhor ferramenta para comunicar com os clientes, de forma personalizada, ao ponto de terem “uma actividade fora do normal”. Apesar de o site ter sido renovado no final de 2019, os irmãos que assumem neste momento a gestão da casa (Ilídio, André e Gabriel da Mota) optaram por lhe adicionar, neste período de encerramento, um campo de chat, o que permitiu preparar “vários negócios, que entretanto se concretizaram”. Alguns deles foram mesmo realizados totalmente online, o que só foi possível “porque são pessoas que confiam na casa”. Além desses, os Móveis Ilídio da Mota conseguiram alargar o âmbito geográfico. “Também tivemos clientes novos, inclusivamente da zona de Coimbra, talvez por conhecimento de amigos ou referências da casa, e que fizeram o negócio dessa forma”. Com a adopção desta estratégia, “conseguimos apresentar produtos para além daqueles que estão no site, porque na loja física temos uma opção mais alargada”.
Para além de Pombal e dos concelhos aqui à volta, Os Móveis Ilídio da Mota têm uma implantação também significativa em Lisboa, “fruto, um pouco, de muitos pombalenses que ali vivem”, mas também “da publicidade que temos no Preço Certo”.
Optimismo para os próximos meses
Apesar do abrandamento da actividade desde Março, é com uma expectativa positiva que os três irmãos encaram os próximos meses. “Preparámos um plano de contingência que, durante o mês de Abril, fomos afinando”, explicam. Com as lojas fechadas a 20 de Março e com “muitas encomendas em carteira na altura”, a empresa preparou os clientes para que essas entregas fossem adiadas. “Conseguimos a compreensão dos clientes e também percebemos que se sentiam mais seguros dessa forma”, explica os responsáveis. Até Maio, altura em que começaram a fazer essas entregas e a receber clientes por marcação, as lojas prepararam-se da melhor forma para responder a todos os requisitos de segurança. “Ainda não estava determinado o uso obrigatório de máscara e nós já tínhamos isso no nosso plano de segurança”, exemplificam. Cuidados que se estendem à recepção de mercadoria, “com desinfecção” dos artigos e, nalguns casos, “um estágio de quarentena, para que tudo corra bem”. Aliás, se durante o período de encerramento a procura se manteve através dos canais digitais, “assim que reabrimos tivemos muito movimento na loja”, ao ponto de as duas primeiras semanas, logo após a segunda fase do desconfinamento (18 de Maio), terem sido muito intensas, embora com marcação prévia. Só a partir de 1 de Junho, as lojas de Vermoil reabriram sem as limitações impostas até àquela data.
Para dar resposta às solicitações, as “duas equipas em permanência nas entregas” tiveram um fluxo de trabalho acentuado em Maio e a expectativa é que essa dinâmica se mantenha agora em Junho. “A curto prazo, temos várias encomendas grandes para entrega, o que nos deixa mais positivos e optimistas do que estávamos”, evidenciam, ainda que a expectativa em relação aos emigrantes seja elevada, atendendo ao “peso importante” que assumem nas vendas. “Desde 1992 que começámos a fazer entregas no estrangeiro, regularmente e com assistência. Estávamos a ir de dois em dois meses e permanecíamos por um período de duas ou três semanas”, mas a pandemia obrigou a uma paragem das deslocações para o exterior desde Fevereiro. Contudo, já há regresso marcado para este mês e também para o de Julho, o que significa que “estamos cá, continuamos da mesma forma e a trabalhar cada vez melhor”.