A adolescência é uma fase da vida de muitas mudanças e na qual há comportamentos que se alteram. Muitos deles não encontram qualquer base patológica, pelo que é importante identificar aquilo que é normal ou não nessas idades.
“Lidar com a adolescência”, foi o tema da primeira formação promovida pela equipa da Psivalor, que se realizou no dia 20 de Março e foi conduzida pela psicóloga Andreia Azevedo. O primeiro passo foi mesmo dar um novo nome à sessão, com um elucidativo “Socorro! Tenho um adolescente em casa”.
Segundo Andreia Azevedo, uma das questões frequentemente notadas pelos pais é o facto de os adolescentes passarem muito tempo fechados no quarto, quererem estar com os amigos, sempre com o telemóvel nas mãos e a ver o facebook. “Um adolescente que não queira estar sempre com os amigos, agarrado ao facebook, no computador, isso sim é preocupante”, assinalou a psicóloga, dando outros exemplos de situações muito comuns nos adolescentes e que, por norma, não carecem de preocupação de maior, como a redefinição da relação com os pais, a necessidade de experimentar várias actividades, início da actividade sexual, consumo de álcool.
“A maior parte dos problemas dos vossos filhos, vocês conseguem resolvê-los”, afiança a psicóloga. No entanto, a partir de certo ponto há questões que devem merecer, não só a preocupação dos pais, mas fundamentalmente o acompanhamento médico, sendo disso exemplos três psicopatologias muito frequentes na adolescência: fobia social, distúrbios alimentares e depressão.
“Não há livros de instrução ou manuais de receitas falíveis”, firmou Andreia Azevedo, defendendo que o papel dos pais deve ser de informação e partilha, em que não há uma noção de obrigação/proibição, mas sim de orientação em relação aos filhos.
Ana de Jesus
(Correcção à publicada na Edição n.º 53, de 2 de Abril)