O presidente da Câmara de Pombal manifestou a sua preocupação com o futuro dos jovens que conciliam os estudos com a prática desportiva, sobretudo de alta competição. Em causa estará o facto de os atletas terem de ir estudar para fora dos seus locais de residência, devido ao encerramento dos estabelecimentos de ensino locais face à redução dos contratos de associação.
“A procura pela actividade desportiva será mais difícil por incompatibilidade de horários”, referiu Diogo Mateus durante a sessão de assinatura dos protocolos de atribuição de subsídios à prática desportiva regular para a época em curso, realizada na passada semana.
Segundo o autarca social-democrata, a sua preocupação prende-se pelo facto de os jovens poderem deixar de estar próximo das suas habitações, para ir estudar para “locais mais longínquos”, deixando de poder praticar desporto por falta de horário compatível.
Uma preocupação que, de acordo com Diogo Mateus, deverá ser ponderada no processo de elaboração do plano educativo do concelho. O edil defende que os atletas de alto rendimento “deveriam ter uma compatibilização da sua actividade curricular com a da prática desportiva”.
Durante aquela sessão, realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o município formalizou a atribuição de subsídios com 34 grupos desportivos do concelho, representando um apoio global de 375.700 euros.
Os apoios municipais destinam-se a apoiar 2.759 atletas federados em diversas modalidades como futebol, futsal, atletismo, karaté, natação, ténis de mesa, basquetebol, ténis, judo, xadrez, kickboxing, ciclismo, orientação/ BTT e andebol.
Por outro lado, o edil desejou que, ainda este ano, o município possa rever os respectivos subsídios tendo em consideração os clubes detentores de instalações próprias, fomentando um maior equilíbrio em relação às restantes colectividades que desenvolvem a sua missão em outras infra-estruturas.
Na ocasião, Diogo Mateus apelou aos dirigentes associativos para que aquando da elaboração dos respectivos relatórios de contas façam “menção dos apoios municipais por especialidade”. “É importante que os cidadãos todos conheçam os montantes que são entregues aos clubes em função da finalidade a que se destinam”, disse, frisando: “nós todos, e eu à cabeça, temos o dever de informar os cidadãos sobre o destino dessas receitas” pelo que “faz todo o sentido que isso aconteça na prestação de contas”.