“Entre Dinossáurios” é a exposição que o Museu Nacional de História Natural e Ciência tem patente ao público e onde se pode conhecer o Allosaurus fragilis, descoberto no lugar de Andrés, em Santiago de Litém (Pombal).
A descoberta aconteceu há três dezenas de anos, quando José Amorim, um popular local, procedia a escavações junto à sua habitação. Desde então que os investigadores do Museu de História Natural têm feito trabalhos que levaram à conclusão de se tratar de um género de dinossáurio apenas conhecido no sub-continente norte-americano. “A confirmação da presença de Allosaurus fragilis em Portugal constitui um achado surpreendente, mas ainda assim facilmente explicável. No final do Jurássico as terras emersas do Norte da América e da Península Ibérica estavam muito próximas”, referem.
Nesta nova exposição, que estará patente ao público até 31 de Dezembro de 2020, os visitantes, especialmente público escolar, poderão descobrir o que são fósseis, que processos levam à sua formação e que diferentes tipos de fósseis existem. Poderão observar diferentes tipos de fósseis de dinossáurio e conhecer quais as regiões de Portugal em que são mais abundantes e em que condições se formaram.
“A partir da investigação realizada no Museu, a exposição apresenta trabalhos de escavação, de preparação laboratorial e de identificação de fósseis de Allosaurus encontrados na jazida de Andrés (Pombal)”, refere, acrescentando que “descobriremos o que nos dizem os diferentes fósseis e os sedimentos ali encontrados sobre como era o ecossistema nesse local há 150 milhões de anos.”
O Museu explora ainda questões sobre o Allosaurus: “em que regiões do planeta se descobriram? Que características tinham estes Dinossáurios? A resposta a esta questão leva-nos a reflectir sobre as dietas dos Dinossáurios, e os hábitos de vida daí resultantes”.
Em 2015, após a descoberta de uma nova jazida em Junqueira, a pouca distância de Andrés, o Museu afirmava que Santiago de Litém é um local “bastante conhecido pela sua riqueza paleontológica”, confirmando-se o elevado potencial paleontológico desta região e a sua importância para o conhecimento das faunas de vertebrados continentais do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica”, frisava.
Notícia publicada na Edição de 31 de Janeiro