O movimento independente Narciso Mota Pombal Humano (NMPH) acusa o executivo camarário, liderado pelo social-democrata Diogo Mateus, de falta de “determinação, capacidade de decisão e liderança” para resolver o caso de plantação de eucaliptos junto de habitações, no perímetro urbano da cidade.
Depois de o vereador Michael da Mota António ter “por várias vezes levantado” o assunto em reuniões de Câmara, o NMPH vem agora, através de uma nota de imprensa, criticar a decisão do presidente da autarquia em solicitar “uma auditoria aos procedimentos de licenciamento do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] a tais plantações”.
Os vereadores independentes – Narciso Mota, Michael António e Anabela Neves – consideram que a respectiva auditoria “só produzirá eventuais resultados e conclusões a médio ou a longo prazo”, sendo que “até lá, os eucaliptos continuarão a crescer e poderemos continuar a assistir a eventuais novas plantações”, alertando, mais uma vez, tratar-se de “uma violação ao PDM [Plano Director Municipal]”.
“Em vez de protelar e adiar (mais uma vez) a resolução do problema”, os vereadores entendem que o executivo de maioria PSD, “tem ao seu alcance meios processuais de natureza cautelar que impeçam novas plantações de eucaliptos, mas para tal, é preciso determinação, capacidade de decisão e liderança, características que parecem não abundar nesta maioria”.
Para o NMPH, “quando as estatísticas mostram que em todo o país, em 2017 (ano das tragédias que todos tristemente recordamos) se atingiu um valor recorde de 18500 hectares de plantações de eucaliptos, quando está em causa, o superior interesse colectivo, a segurança da população de Pombal, o planeamento e ordenamento do nosso concelho, o executivo liderado por Diogo Mateus, não pode continuar a ‘assobiar-para-o-lado’, como se nada estivesse a acontecer ou apenas à espera do ‘momento certo para a fotografia certa’”.
“Esta mesma postura e forma de (não) actuação, é igualmente evidente no estado de abandono a que estão votados equipamentos públicos como jardins, mobiliário urbano, edifícios e obras recentes”, refere o movimento independente.
Entretanto, aqueles mesmos vereadores denunciaram o “evidente estado de abandono a que estão votados equipamentos públicos”, na cidade de Pombal “como jardins, mobiliário urbano, edifícios e obras recentes”.
“Num desleixo que em nada se coaduna com os investimentos efectuados com a tão apregoada ‘modernidade’, dando uma má imagem a quem nos visita e aos pombalenses”, referem os vereadores Narciso Mota, Michael Mota António e Anabela Neves.
Por outro lado, os autarcas “lamentam profundamente” que a população “não tenha sido efectivamente envolvida nas actividades das comemorações dos 27 anos da elevação de Pombal a cidade”, evento que “parece ter sido pensado em cima da hora, anunciado dois dias antes”.