O Dia Internacional dos Arquivos, celebrado anualmente a 9 de Junho, deu o mote para a apresentação do livro “A Revolta dos Lusecos (O 25 de Abril contado à minha neta)”, do pombalense Carlos Alberto Silva. A sessão decorreu no Arquivo Municipal de Pombal, no passado dia 7.
O autor nasceu e cresceu em Pombal, tendo-se radicado em Leiria há cerca de 40 anos. Esteve ligado ao teatro, jornalismo, animação cultural e ensino, além de ter sido professor bibliotecário. É autor de vários livros para crianças, sendo “A Revolta dos Lusecos” a sua obra mais recente. Nela, Carlos Alberto Silva tenta explicar, de uma forma simples, o que levou ao 25 de Abril de 1974. Fá-lo, escrevendo sobre um povo que vivia em ditadura, na qual os Lusecos, que eram a maioria, eram subjugados a uma vida de pobreza e ignorância pelos Glutões, uma minoria. O livro, ilustrado por Ana Paula Otero, está à venda no Arquivo Municipal, tendo um preço de 5 euros.
Por entre uma conversa com o autor, conduzida pela jornalista Paula Sofia Luz, ouviu-se o livro, que foi lido por dois alunos do Centro Escolar de Pombal, a Sara e o Miguel. A noite fez-se também com a música do projecto Fado de Intervenção, que junta os pombalenses Paulo Alexandre Silva, Tó-Zé Aguiar e Cristina Diniz, e que se inspira no livro de Carlos Alberto Silva.
No início da sessão, a directora do Arquivo, Fernanda Pinto, disse que a celebração do dia Internacional dos Arquivos “pretende consciencializar as comunidades e as entidades promotoras de documentos arquivísticos, sobre o valor dos arquivos para a garantia dos direitos dos cidadãos, transparência da actuação pública e preservação da memória, individual e colectiva, potencializando assim a nossa herança cultural que nos define enquanto povo e enquanto país”.
*Notícia publicada na edição impressa de 20 de Junho
