Já em pré-campanha, assinalo aqui alguns aspetos que considero prioritários para despertar a zona Oeste de Pombal da sua tranquila soneca, com base num ponto de máxima importância: apesar dos recursos financeiros, humanos e logísticos a que a União de Freguesias do Oeste se dotou aquando da agregação, está longe de ser o principal motor socioeconómico da região! E porquê? Simples: opções politicas.
O (ainda) poder local considera o saneamento, a limpeza das bermas, as obras de passeios e de estradas e a construção pública em geral, as suas opções estratégicas para a nossa região atingir o seu potencial, o que a meu ver não passam de serviços básicos e de gestão corrente de uma autarquia, e que são utilizadas como trunfo dos executivos para ganhar o voto eleitoral; a recordação que teremos do poder local destes últimos 4 anos, são estes longos e penosos 9 meses de obras e remendos nas estradas da autarquia, onde é informação errada que as mesmas são da autoria do Estado ou das Estradas de Portugal.
Então, para acordar este gigante que é o nosso Oeste, e atingir todo o seu potencial é necessário apostar numa estratégia a médio/longo prazo que não se verifica. Para já, resumindo (bastante) dois pilares:
a) Coletividades e desporto, apostar no que temos em casa: exemplo, temos atletas de alta competição que o deixaram de o ser porque lhes faltou apoios, mas não faltou a fotografia ao lado do poder local. Quanto às coletividades, além do apoio base, é necessário trabalhar em conjunto para trazer apoios logísticos e financeiros da Administração Central do Estado, e assim aliviar essa carga do orçamento da Freguesia.
b) A nível económico e social, é imprescindível criar uma politica amiga das famílias jovens, de modo a promover a instalação e a manutenção desses jovens através de emprego e habitação em toda a Freguesia, e gerar condições de vida que hoje não existem; exemplo, não existe um parque infantil na Freguesia digno desse nome e considero ilusão achar que os Polos Escolares são suficiente.
Para fixar “trabalhadores-residentes”, a solução passa (não só mas também) pela Zona Industrial da Guia.
Com grande potencial, mas com um grande défice de aproveitamento, esta Zona Industrial prima pela sua localização, e tem capacidade para servir de igual modo a Guia, a Ilha e a Mata Mourisca.
Uma vigorosa Zona Industrial fortaleceria a economia e a dinâmica quotidiana de toda a Freguesia, pois vejamos: mais emprego, mais poder de compra, novos habitantes a que acresce a necessidade de mais habitação, com resultado positivo para a construção civil local e numa perspetiva da administração local, teríamos mais dinheiros de impostos a servir a Freguesia; mas para captar estes (e outros) novos investimentos para o Oeste, os autarcas têm de ser autênticos comerciais, e o seus produtos (neste caso) a Zona Industrial e toda a Freguesia do Oeste. E tal responsabilidade, o atual poder local tem negligenciado.
Mas basta o que referi para acordar este Oeste adormecido? Não. Continuarei a assinalar os aspetos que considero essenciais para elevar o nosso Oeste a um patamar de excelência, e os mesmos estarão bem contemplados nos programas eleitorais das equipas do CDS do nosso Concelho e da Freguesia, pelo que convido aos leitores a prestar particular atenção ao nosso trabalho.
Daniel Gomes Duarte