Pedidos de apoio para alimentos têm vindo a aumentar

0
1059

Os cabazes entregues mensalmente pela Conferência de São Vicente de Paulo (CSVP) chegam actualmente a cerca de 200 famílias. Além das que residem na cidade, o apoio da instituição chega também a famílias que vivem fora do reduto urbano, como é o caso de Albergaria dos Doze, Vilã Cã, Carriço ou Louriçal, por exemplo.
Ainda que os pedidos de ajuda não tenham “sofrido alterações significativas”, a CSVP diz que “tem aumentado o número de beneficiários a pedir apoio também para os alimentos do dia”.
Nessa medida, a instituição vicentina, actualmente presidida por Fernanda Caramonete, não tem dúvidas de que o protocolo para a distribuição de refeições confeccionadas e não consumidas nas escolas, onde a gestão das cozinhas esteja sob a alçada do município, será “uma mais-valia”.
Diariamente (excepto ao domingo), e para além dos cabazes mensais, os vicentinos entregam também excedentes a cerca de 20 famílias, residentes em Pombal, graças à colaboração do Pingo Doce, a que acresce o pão que pontualmente é doado pela padaria Flor de Centeio.
A distribuição destes excedentes está calendarizada e segue alguns critérios. Às segundas, quartas e sextas, há 51 pessoas beneficiadas e, entre estas, há várias famílias com duas ou três crianças. Nos restantes dias, terças, quintas e sábado, a conferência ajuda 42 pessoas com alimentos.
No cômputo geral, são “famílias em situação de carência”, oriundas sobretudo do Brasil. “A maior parte dos agregados que apoiamos são constituídos pelos pais e respectivos filhos. Geralmente, um dos progenitores tem trabalho, no entanto, o preço das rendas em Pombal torna incomportável manter uma família com apenas um ordenado”, explica Ângela Marques, membro da instituição.
O protocolo com o município vai permitir ainda fazer face a outras realidades, uma vez que são refeições completas e prontas a consumir. “Alguns dos agregados que apoiamos diariamente são constituídos por pessoas que não sabem cozinhar ou não têm condições para o fazer, sobretudo pessoas que moram sozinhas, em quartos arrendados”, nota Ângela Marques. Depois, “há também vários casais com filhos menores, para quem as refeições já preparadas são importantes”, uma vez que os excedentes do Pingo Doce não são refeições. “Recebemos maioritariamente pão, salgados, bolos, fruta e legumes”, mas graças ao protocolo a instituição vai poder “proporcionar refeições completas a estas famílias”.
Na selecção das famílias, a Conferência conta com o apoio das técnicas da Junta de Freguesia de Pombal “para nos apoiarem na avaliação dos novos casos que nos chegam”. Ângela Marques diz que “estava a tornar-se incomportável, para nós, avaliar tantos processos. Além disso, esta parceria evita também a duplicação de apoios”, precisa aquela responsável, que acrescenta ainda que o apoio se estende a famílias encaminhadas pelo Centro de Saúde de Pombal ou pela Câmara Municipal.

*Notícia publicada na edição impressa de 18 de Julho