Durante o ano passado e início de 2019 os serviços do Município de Pombal já validaram 110 ninhos de vespa velutina, popularmente designada por “vespa asiática”. Destes, 102 já foram intervencionados de acordo com o estabelecido pelo Plano de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal, garante a Câmara Municipal, referindo que o concelho “estará neste momento numa fase ainda inicial de predacção da espécie invasora”.
durante o ano passado e início de 2019 o Município validou 110 ninhos
Nas últimas semanas têm sido os vários munícipes que dizem ter reportado às autoridades, sobretudo à autarquia, que diz cumprir com todos os procedimentos estabelecidos no plano de acção.
Numa resposta enviada ao Pombal Jornal, a Câmara Municipal garante que procedeu “à aquisição de equipamento específico para o combate à vespa velutina”, designadamente “o recurso a vara telescópia para injecção de biocida”. “O protocolo de actuação prevê uma inactivação do ninho até ao máximo de 72 horas”, explica, acrescentando que “em função deste período necessário de actuação, da altura significativa e em locais de difícil acesso em que muitos ninhos se encontram, não é possível retirar todos os ninhos após a colónia estar extinta”.
Segundo a autarquia, “para evitar repetição de comunicações de ninhos os serviços municipais colocam fita sinalizadora no ninho ou no tronco da árvore”. “Estes ninhos não voltam a ser ocupados pelas novas colónias no ciclo biológico seguinte e apresentam apenas resistência para um ciclo biológico degradando-se nos meses de Inverno”, sublinha.
Para além da aplicação de insecticida, sempre que o ninho de “vespa asiática” encontra-se a uma altura inferior, possibilitando contacto directo ou em locais de maior perigo para a população, “utiliza-se o método de captura durante o período nocturno, procedendo-se à sua congelação durante 48 horas e por fim incineração do ninho”, frisa, referindo que sempre que se justifica, o município recorre ao veículo com plataforma elevatória da PMUGest e/ou à auto-escada dos bombeiros voluntários.
Relativamente às comunicações efectuadas pelos munícipes, reportando a existência de alegados ninhos, a Câmara Municipal “procede ao seu registo” bem como as que os casos comunicados pelos bombeiros, juntas de freguesia, apicultores ou pelos militares do Núcleo de Protecção Ambiental da GNR.
está disponível a plataforma sos vespa
A autarquia aconselha a utilização da plataforma SOS Vespa (www.sosvespa.pt) ou através do preenchimento de formulário próprio disponíveis nos balcões de atendimento da Câmara e das juntas de freguesia. “Nestes procedimentos, solicita-se sempre que possível o envio de registo fotográfico”, refere.
De referir que a vespa velutina é essencialmente um predador de outras vespas e de abelhas, mas tal como a vespa europeia, também se alimenta de uma grande variedade de outros insectos. A vespa velutina não é considerada individualmente mais perigosa para seres humanos do que a vespa europeia.
a vespa velutina pode constituir um risco para as populações
No entanto, dada a visibilidade dos ninhos de vespa velutina e a maior probabilidade de contacto com os mesmos em zonas urbanizadas, esta espécie pode constituir um risco acrescido para as populações nas situações em que os ninhos não estejam identificados ou quando, sem o equipamento devido, tentem proceder a qualquer tipo de intervenção sobre o ninho.
Notícia publicada na Edição de 31 de Janeiro