Os serviços municipais da Protecção Civil de Pombal irão identificar os aglomerados populacionais que passarão a integrar os programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras”, que visam criar a figura de um oficial de segurança em cada aldeia para transmitir avisos à população, organizar evacuações e realizar acções de sensibilização sobre incêndios.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Murtinho, na última reunião do executivo, no mesmo dia em que aquele programa arrancou na aldeia de Vale Florido, na freguesia do Alvorge (Ansião), numa cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
De acordo com Pedro Murtinho, Pombal é um dos 189 municípios que agrupam um total de 1091 freguesias de risco de incêndio, que integram aqueles programas, formalizados através de protocolos assinados entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou, em Ansião, que se foi ganha a batalha pela limpeza dos terrenos, tem agora de se ganhar a batalha da consciência da autoprotecção. “Ganhámos a batalha da limpeza. Ganhámos contra a resistência, inércia e, sobretudo, aqueles que toleraram durante anos que se tivesse ficado tão longe do que era necessário. Teremos de ganhar a batalha da consciência da autoprotecção”, defendeu Eduardo Cabrita.
O ministro vincou que estão a preparar, “com a mesma intensidade, todos os dias, a batalha pelo combate”. “Esta é a batalha por todos nós, voltando sempre que necessário a Pedrógão [Grande], para que a memória não passe com o tempo, para que esta memória não possa ser esquecida, para que se possa dizer Pedrógão nunca mais”, frisou.
Segundo o ministro da Administração Interna, os dois programas hoje apresentados permitem levar o conhecimento ao “trabalho prático”. “Há muito conhecimento, mas se não conseguirmos chegar este trabalho a cada local, às pessoas concretas, de nada servirão as melhores leis do mundo ou os melhores estudos científicos que seja possível fazer”, notou, considerando que o trabalho que há pela frente “é um desafio para todos”.
Nesse sentido, os programas são também um desafio de criação de “uma consciência que parte de cada cidadão, de, face a uma situação de risco, saber o que fazer, saber a quem recorrer, para quem telefonar, saber o que significa o sino tocar ou o aviso de uma SMS de urgência”, explanou.