Permitir que as crianças voltem a brincar em segurança nas ruas dos seus bairros, através da criação de grupos comunitários de brincar, é o objectivo do programa “Brincar de Rua”. No próximo dia 16, terça-feira, será realizada, na Câmara Municipal, uma sessão de esclarecimentos, gratuita e aberta a toda a comunidade, com a presença do coordenador do programa.
Desenvolvido pela Ludotempo – Associação de Promoção do Brincar, sediada em Leiria, o programa visa, através de grupos comunitários, proporcionar “espaços e tempos de brincar livre, de desenvolvimento natural de competências nas crianças”, que envolvam “os diversos agentes locais, melhorando a coesão e participação das comunidades” e valorizem “as pessoas do bairro para se tornarem líderes do projecto comunitário, através dum conjunto inovador de metodologias, recursos e ferramentas que garantem a segurança das crianças e o envolvimento da comunidade.”
O grupo comunitário é constituído por 15 crianças, com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos, e que têm em comum o facto de viverem na mesma zona ou de frequentarem a escola dessa zona da cidade/ vila. É monitorizado por, pelo menos, dois adultos, que reúne pelo menos uma vez por semana, durante pelo menos duas horas.
“Tal como o nome indica, o pretexto do grupo é o de reunir as crianças para brincar… ao seu ritmo, de acordo com a sua imaginação e vontade, sem programas estruturados pelos adultos”, refere a entidade promotora, frisando que “é um espaço para as crianças, em que os adultos participam apenas para garantir a sua segurança e gerir todo o processo.”
Ali, as crianças brincam livremente, sem recurso a tecnologias. “O mesmo é dizer que têm um espaço e tempo para descobrir, desafiar(-se) e aprender, por eles próprios, de forma natural, individualmente ou com os colegas do grupo”, refere a associação Ludotempo, acrescentando que “as crianças podem inventar brincadeiras, jogar à bola, levar os seus próprios brinquedos (não digitais/ tecnológicos), descobrir o espaço natural, construir… a regra central a cumprir é que têm que respeitar as pessoas, os animais e o espaço onde estão a brincar”.