O cabeça de lista do Partido Socialista (PS) à Assembleia Municipal de Pombal acaba de pedir a demissão da presidente daquele órgão, devido à “total parcialidade e desrespeito por alguns dos membros eleitos”. Em causa está o facto de Fernanda Guardado ter negado a possibilidade de defesa da honra a Célia Carvalheiro.
João Coelho afirma que “é com tristeza, mas convicção de cumprir um dever cívico” que pede a Fernanda Guardado para se demitir da presidência da Assembleia Municipal.
Para o candidato, o mandato da presidente da Assembleia Municipal “foi marcado por uma total parcialidade e desrespeito por alguns dos membros eleitos”, como aconteceu ontem com “a negação da possibilidade de defesa da honra” a Célia Carvalheiro, eleita pelo Bloco de Esquerda.
O socialista entende que se trata de “um acto grave, por ser ilegal, mas acima de tudo por ser imoral”, o qual “mais grave se torna quando acontece de forma repetida, como tivemos oportunidade de testemunhar desde 2017”.
“Igualmente preocupante e imoral é o silêncio do PSD de Pombal”, cujo presidente da concelhia assistiu, enquanto “colega membro da Assembleia” à negação do “direito elementar de defesa da honra”, adianta João Coelho, acusando Pedro Pimpão de ser “cúmplice por omissão de auxílio, comprometendo todos os presentes que lhe são leais”.
A indicação de Fernanda Guardado para o cargo de presidente da Assembleia Municipal “foi um erro”, defende o socialista, considerando que é “incompreensível” o “apoio reiterado” e “a conivência” do PSD de Pombal perante “evidente falta de capacidade para desempenho do cargo”, que causou “males irreparáveis, que teremos todos que expiar colectivamente enquanto comunidade”.
“Fernanda Guardado desprestigiou o órgão e o cargo que ocupa”, reitera o candidato do PS à Assembleia Municipal, exigindo ao PSD de Pombal “uma acção firme de reposição da normalidade democrática no nosso concelho”.
“Nomes como Menezes Falcão, Luís Garcia ou Narciso Ferreira da Mota, que souberam estar à altura deste desafio, vêem a nobreza da sua postura no desempenho destas funções reduzida ao grau mínimo do aceitável”, afirma João Coelho, lamentando não haver “melhor participação democrática e mais respeito entre eleitos e eleitores”.
Carina Gonçalves | Jornalista