PSD Distrital passa a fazer a ‘reentré’ política na Festa da Ribeira

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A Festa da Ribeira, que o PSD e a JSD de Pombal organizou neste domingo, 2 de Outubro, no parque de merendas de Carnide, poderá ganhar uma dimensão distrital. Depois do repto lançado pelo presidente da concelhia, Pedro Pimpão, o líder Distrital Rui Rocha anunciou que ia propor para que a “reentré” distrital se realizasse naquele espaço, no próximo ano.

O recinto encheu-se, sobretudo para ver e ouvir o presidente do partido, Pedro Passos Coelho. O ex-primeiro-ministro foi recebido em ambiente de campanha eleitoral, com muitos dos presentes a saudá-lo com bandeiras “laranjas” em riste.

Mas não foi para menos, como justificou o líder da JSD Pombal: “é a freguesia mais laranja do concelho”. Mas, João Antunes Santos não se ficou por ali e lembrou que o PSD em Pombal tem ganhado “todas as eleições e referendos” desde há duas décadas para cá. “Um ciclo iniciado por Narciso Mota” acrescentaria, mais tarde, Passos Coelho na sua intervenção.

“E porque é que o PSD é maior partido no concelho?”, questionou o seu presidente, Pedro Pimpão. “Porque tem as melhores pessoas, porque tem as pessoas mais bem preparadas e empenhadas no interesse público, e porque temos muito trabalho feito”, respondeu.

Em jeito de complemento, disse mais tarde Diogo Mateus: “Sentimos que não há oposição, não têm ideias, não estão minimamente preparados”. “Mas, não nos deve amochar”, alertou o presidente da Câmara Municipal, que fez questão de entregar a Passos Coelho um relatório do trabalho efectuado durante os últimos três anos.

Foi perante o “exército de pessoas de boa vontade” que “estão prontas para o combate” – como disse Pedro Pimpão – que Passos Coelho subiu ao palco para comentar a actualidade política, com fortes críticas ao governo que há cerca de um ano lidera os destinos do país.

Um governo que, no seu entender, quer uma “sociedade mais pobre e mais injusta”, em que “todos tenham pouquinho”, uma vez que “quem poupa é mau” e “quem acumula não pode estar cá”.

Por outro lado, Passos Coelho afirma que o Governo faz uma “triste figura” quando diz que acabou a austeridade, mas depois vem dizer que não há dinheiro, sobretudo para a saúde.

“Vivemos num faz de conta, mas pelo menos temos um primeiro-ministro bem-disposto e que gosta de graçolas”, constatou o líder do PSD, afirmando que até lhe daria “vontade de rir, se isto não fosse a sério”, justificando porque apresenta uma “carantonha” que alguns dizem que parece estar “sempre chateado”: “Não consigo. Fico preocupado”.

Orlando Cardoso