Humilde, sonhador, profissional, trabalhador e apaixonado são algumas características que definem Milton José Rodrigues Branco, treinador do Grupo Alegre e Unido da Bajouca, Pombal que conseguiu alcançar o seu maior objetivo para esta época. Alcançar a tão nobre honra.
Nasceu a 17 de outubro de 1980, cresceu e vive na Ilha uma freguesia perto do lugar onde neste momento é treinador e estudou no Agrupamento de Escolas da Guia.
A sua carreira futebolística inicia-se aos 12 anos na Vieira de Leiria, aos 16 muda-se para o guiense, aos 20 para a Ilha, aos 30 para a Mata Mourisca e passado dois anos volta à Ilha onde encerra a sua carreira futebolística como jogador aos 34 anos. Em 2003 torna-se pela primeira vez treinador na Escola de Futebol João Faneca em Leixões.
Para Milton Branco o momento chave da sua vida e que acabou por definir quem é hoje, foi quando decidiu prosseguir estudos e por fim conseguir-se licenciar na Universidade do Porto, em Ciências do desporto e Educação Fisica. Como em todas as carreiras profissionais existem dificuldades e a principal dificuldade que Milton encontrou foi realmente começar a exercer a sua profissão de sonho.
Dedica praticamente a sua vida toda ao desporto, muito por influência do pai que sempre o incentivou a gostar de exercício físico, pelo que para além de ser treinador de futebol o seu maior hobby é fazer provas de Trail, que é onde dedica o maior tempo livre que tem, para além de brincar com o filho. Também é professor de Educação física no Colégio Doutor Pereira da Costa em Monte Redondo, sendo esta a profissão que ambicionava desde criança. Apesar de exercer a sua profissão de sonho acredita que agora se tivesse de aprender mais alguma coisa para além da sua atual carreira era ser médico.
O seu maior sonho é poder viver do futebol sendo a profissão que mais o apaixona e onde este se sente verdadeiramente feliz.
Apesar de já ter conquistado vários títulos por outros clubes, tem um caminho bem traçado para o GAU, os seus principais objetivos são ajudar os jogadores a serem melhores tanto no campo como na vida, e o principal de todos que acabou por conseguir alcançar no passado dia 19 de Maio, pôr a equipa na honra.
“Um ponto diferente que encontro em relação ao Mister de todos os treinadores que já tive é o facto de ele ser mais perfeccionista e organizado” afirma o médio João Ferreira, de 21 anos.
Já o médio Jani Mota, de 31 anos, acredita que a questão de o Mister ter uma idade próxima à dos jogadores ajuda o treinador a perceber certas situações tanto nos jogos como na vida pessoal deles e por isso ser um ponto a favor do jovem treinador. A administração do clube demonstra-se orgulhosa com todo o trabalho desenvolvido pelo novo treinador e sublinha não se arrepender de o ter contratado por este mostrar uma enorme competência como líder.
Apesar de haver uma certa distância e respeito entre jogador e treinador, quase todos consideram-no um amigo com quem podem “beber copos”.
A sua melhor qualidade a nível futebolístico é ter um bom entendimento de jogo e o seu pior defeito é ser deveras vezes precipitado. A nível pessoal é desorganizado, mas com um grande espírito de sacrifício. Os jogadores referem que as suas melhores qualidades são o seu profissionalismo, a paciência, humildade e saber agir nos momentos certos e os seus defeitos são a falta de rotatividade na equipa, e também a questão de muitas vezes por querer um bom ambiente de jogo e treino, e por ter demasiada paciência deixa passar em branco certas situações que devia agir.
Apesar da sua vida ser ligada ao desporto, Milton Branco já passou por situações engraçadas na sua vida muito para além deste, a que o mais marcou foi quando viajou com a Tuna pela Europa e a meio da viagem ficou completamente sem dinheiro.
Para Milton José Rodrigues Branco o fim-de-semana perfeito seria sexta à noite jantar fora de preferência bacalhau com broa, que é a sua comida preferida e que se “puder evitar sopa de lentilhas era perfeito”, depois ir conviver com os amigos num bar, sábado estar o dia todo na praia e domingo jogo no GAU com a vitória.
De todas as viagens que já fez, destaca os Açores como destino preferido. Com um filho de 3 anos, Milton acredita que com gosto e dedicação consegue-se sempre conciliar o trabalho com a família. Independentemente de todas as paixões presentes na vida do jovem treinador, o GAU ocupa uma grande parte do seu coração.
*Trabalho realizado por Sara Marques e Sofia Gaspar, do 2.ºano da Licenciatura em Ciências da Comunicação (Universidade Autónoma de Lisboa), no âmbito da criação de um perfil para a cadeira de Atelier de Imprensa e Jornalismo Online, como elemento de avaliação.