A comunicação humana é uma complexa área de investigação. Em múltiplos estudos conclui-se ser um fenómeno e uma função social e profissional, processada através de dois níveis: o verbal e o não-verbal. Depois de dedicar alguns anos ao Jornalismo, decidi aprofundar os meus conhecimentos nesta vertente tão interessante da minha formação académica. A comunicação não-verbal é a forma não discursiva que se transmite através de três suportes: o corpo, os objectos associados ao corpo e os produtos da habilidade humana. Investigações científicas atestam que as relações interpessoais são mais influenciadas por canais de comunicação não-verbais do que verbais, pelo que facilmente entendemos que o discurso não-verbal assume relevância nos processos de comunicação humana. Os números são claros: 55 por cento da mensagem de um discurso é transmitida através da linguagem corporal. A voz é responsável por 38 por cento e as palavras apenas por 7 por cento. E se eu lhe disser que uma primeira impressão demora cerca de sete segundos a ser formada? É por tudo isto e muito mais que a Consultoria de Imagem pode ser útil em vários sectores das nossas vidas. Tendo em conta a personalidade, estilo de vida, gostos pessoais, biótipo, paleta de cores, tipo de rosto e outras características, ajudo os meus clientes a criar o seu estilo pessoal, construindo a imagem que pretendem e assegurando um impacto positivo na forma como se percepcionam – e os outros também. Todo este trabalho é resultado da implementação de uma estratégia definida com base na autenticidade. Já não são apenas as celebridades que procuram os serviços de uma Consultora de Imagem e não interessa a idade, o género ou o peso. Todos temos algo para melhorar e eu acompanho homens, mulheres, empresas e marcas nesse processo.
A Moda é um óptimo ajudante na interpretação da evolução da Humanidade, pelo que considero que seja um dos instrumentos mais valiosos para o estudo antropológico da sociedade. A forma como nos vestimos reflecte não apenas a personalidade mas também e principalmente, a História da nossa espécie. Se assim não fosse, não teríamos a capacidade de apontar estilos específicos de cada época e ainda nos cobriríamos apenas com pedaços de pele de animais para nos protegermos do frio.
É por isso que acredito que considerar futilidade todo e qualquer estudo sobre as escolhas vestimentares que fazemos é uma grotesca manifestação de ignorância. A indústria da Moda vende sonhos mas gera mais dinheiro e cria mais postos de trabalho do que o Estado Português, por exemplo. Assim, justifica-se que os que realmente amam Moda (e não escrevem Channel para aludir a Mademoiselle Gabrielle Bonheur Chanel) valorizem o que faz parte da construção da nossa imagem como artefactos que representam História, personalidade, ideais, valores. O que usamos é arte, política, herança e cultura, são símbolos, muito mais que simples fios entrelaçados.
Aqui no Pombal Jornal, cuja equipa fundadora integrei enquanto Jornalista, passarei com orgulho e muito prazer a escrever-vos quinzenalmente sobre tudo o que se relaciona com esta temática: de crónicas como a de hoje a dicas, tendências e truques que possam aplicar ao vosso quotidiano.
Até já!