Salvo algumas excepções, é nesta altura do ano que as preocupações com os casamentos que terão lugar de Maio a Setembro se tornam mais prementes. Aquelas que se prendem com o que vestir são as mais focadas, ainda que haja muitas outras questões para ponderar. Dos cabelos ao calçado eleito, há uma parafernália de detalhes para tratar – e não são apenas os noivos a sentir que há tanto para pensar como para fazer! Os convidados, tenham uma posição de destaque, como é o caso dos padrinhos, ou não, se respeitarem a solenidade do momento mais marcante das vidas dos nubentes, serão permeáveis a essa preocupação.
Que a forma como nos vestimos é uma forma de expressar bons modos, já o sabemos. Que há tradições que o reflectem, também. A título de exemplo, é por isso que, como já escrevi por aqui, reservamos o branco para uso exclusivo da protagonista da celebração – a noiva. Assim sendo, partimos do princípio que se formos dados à boa educação, teremos brio na forma como nos apresentaremos num importantíssimo evento cuja honra de testemunhar nos foi concedida através de um convite.
É por esse motivo que existem dicas preciosas, truques imprescindíveis e precauções a ter que faço questão de transmitir aos clientes que me procuram para os ajudar nessa tarefa complexa que é escolher o que usar, aliando conforto e elegância. Há poucas coisas que me incomodem tanto como saber que alguém se sentirá inadequado durante a cerimónia e a festa ou que passados dez anos será alvo de chacota quando os álbuns forem vistos durante uma tarde de domingo.
Lembre-se de que ninguém parece bem quando se sente desconfortável, por isso não vale a pena arriscar naqueles saltos altos vertiginosos comprados propositadamente para o dia D. Não se esqueça que vestir um fato implica ajustá-lo ao seu corpo e não apenas garantir que consegue abotoá-lo. É nos pormenores que se descobre a perfeição.
Nem pense em pintar o cabelo na semana anterior ao casamento ou em experimentar um penteado altamente elaborado e armado para a ocasião. Quanto mais natural, mais sofisticado o resultado final.
Evite cortes demasiado justos e curtos e garanta que o decote é modesto, já que não vai para uma despedida de solteira. Tenha sempre um par extra de meias na carteira e homens, evitem o excesso de gel (ainda há quem use gel?). A propósito, as gravatas querem-se a tocar na fivela do cinto, nem abaixo, nem acima.
E depois somam-se todos aqueles pormenores que devem ser tidos em conta consoante o caso específico – da largura da lapela do blazer dos senhores ao salto do sapato das senhoras, há toda uma forma de fazer a escolha correcta, de acordo com a fisionomia, a idade, a personalidade.
Já percebeu que o melhor é mesmo contar com aconselhamento profissional, não já?

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Depois de se dedicar ao Jornalismo, decidiu aprofundar os seus conhecimentos numa vertente menos explorada ao longo da sua formação académica, a comunicação não-verbal. Após uma especialização em Lisboa em Consultoria de Imagem, lançou-se a título pessoal na área da Moda e assume-se em 2018 como a primeira Fashion Therapist do país. Já foi contratada pelo grupo Sonae para realizar serviços de Personal Shopping aos seus clientes, marca presença na Vogue Fashion's Night Out, trabalhou no grupo Creative Concept como responsável pela gestão dos cursos leccionados e pelo departamento de Comunicação da Creative Academy e exerce funções enquanto Social Media Manager de eventos de Moda. Trabalha de perto com grandes marcas de luxo internacionais sediadas na Avenida da Liberdade e com designers portugueses vocacionados para noivas. Em Pombal tem uma parceria com a Quinta da Concha porque apesar de se mover na capital, tem especial gosto pelo trabalho com clientes da zona centro. Contactos: anarendalltomaz@gmail.com || https://www.anarendalltomaz.com/