Gosta de ler e de escrever desde que se conhece. Começou por escrever poemas e até pensava que o seu primeiro livro seria de poesia. Mas aos 34 anos, Patrícia Faria acaba de lançar a sua primeira obra, um romance com alguns laivos de suspense, que até já esteve quase a ver a luz do dia, há cerca de nove anos. A apresentação decorreu no passado dia 24, no Café Concerto, perante vários familiares e amigos.
Em “Resiliência” encontramos Louise, uma jovem estudante de enfermagem, que ao regressar de uma missão que fez em África, descobre que os pais foram assassinados e que o seu irmão encontra-se desaparecido. Na busca para encontrar o irmão e quem matou os pais, vai encontrar amizades inesperadas e viver o seu primeiro amor.
A autora afirma que o livro é essencialmente “um romance com ligeiro suspense”. “Começa com um crime”, mas não deixa de ser essencialmente um romance, “com uma personagem destemida”, que parte numa viagem de sobrevivência conduzida pela vingança, mas onde reside a esperança.
Patrícia Faria, que reside no concelho de Pombal, garante que tem uma imaginação muito fértil. O enredo do livro surgiu-lhe naturalmente, sem se basear em nada da sua vida, como se poderia pensar de quem escreve uma primeira obra. Confessa que o livro já esteve para ser editado, mas na altura não se sentiu confiante e acabou por desistir. Agora, depois de ter o segundo filho, resolveu pegar de novo nele. “A história em si não mudou, mas alterei algumas coisas”, diz.
Na apresentação, Patrícia Faria não quis revelar muitos detalhes, para não estragar a surpresa de quem vai ler “Resiliência”. Revelou ter procurado que “fosse um livro de leitura fácil e fluida”, para que quem pegar nele tenha vontade de não parar de o ler. Deixou ainda uma curiosidade. O nome da personagem principal, Louise, é uma homenagem a um dos seus avôs, Luís, já falecido, que sempre a incentivou a escrever.
*Notícia publicada na edição impressa de 29 de Fevereiro