Desde 2015, a SHAPETEK não pára de crescer. Para 2023, a empresa de maquinação CNC de precisão ambiciona aumentar a facturação, os recursos humanos e investir na melhoria das instalações. O objectivo é continuar a servir os clientes com a marca da qualidade que tem impulsionado este sucesso.
Em 2015, a Shapetek chega ao mercado pela mão de quatro sócios, munidos de um vasto know how nas áreas da metalomecânica e plásticos técnicos. No horizonte, a vontade de colmatar uma lacuna no mercado de empresas especializadas em Controlo Numérico Computorizado (CNC).
A partir da Zona Industrial da Formiga, onde se instalou, a empresa vocacionada para maquinação CNC de precisão encetou um processo de crescimento gradual e sustentado, ancorado nos números, quer em maquinação quer noutros serviços. Aos dois colaboradores que estiveram no arranque do projecto somam-se agora mais nove, num total de 11, mas a perspectiva é que a equipa de recursos humanos seja reforçada em 2023. “Quando criámos a Shapetek tínhamos um plano a três anos”, período após o qual “compraríamos uma nova máquina para a empresa crescer”, contam Joel Gonçalves e Albino Santos, os dois sócios que estão a tempo inteiro na empresa.
Acima das previsões mais optimistas, o crescimento foi de tal ordem que obrigou a uma antecipação do investimento. Seis meses após o início da actividade, a empresa estava já a reforçar a capacidade produtiva com a aquisição de uma nova máquina, investimentos que, desde então, se foram repetindo periodicamente em função das necessidades.
Seis meses após o início da actividade, a empresa estava já a reforçar a capacidade produtiva com a aquisição de uma nova máquina
A esta trajectória de forte sucesso [assente não apenas na maquinação, mas também noutras áreas como o projecto mecânico associado ao fabrico de Ferramentas e à consultoria de processos de fabrico, fruto do know-how da equipa técnica, do empenho de todos os colaboradores da Shapetek, de uma política de formação permanente e também da capacidade de oferecer uma resposta de excelência aos compromissos assumidos em cada projecto] não são alheias as normas e requisitos legais aplicáveis, o que explica a obtenção da Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade, também num espaço de tempo mais curto do que o expectável. “Passados três anos, a Shapetek já era certificada segundo a norma ISO 9001”, ressalta Albino Santos. Um reconhecimento que se assume como uma “mais-valia”, sobretudo no mercado externo, “porque a primeira coisa que perguntam é se somos certificados”, acrescenta o mesmo sócio.
Nesta linha, os padrões de qualidade colocados ao serviço de cada produto têm permitido alcançar elevados índices de competitividade, traduzidos em resultados muito positivos. “Desde 2016, tivemos um percurso sempre ascendente”, que nem o aparecimento inesperado da covid-19 nos conseguiu travar, ainda que “mais ligeiro do que era esperado”, refere Joel Gonçalves. Ainda assim, “crescemos”, ao ponto de não haver registo de “um dia em que estivéssemos parados devido à falta de trabalho”.
Já na fase pós-covid, e numa altura em que boa parte do tecido empresarial sofria os danos colaterais do conflito na Ucrânia, “crescemos ainda muito mais”. E os dois sócios explicam porquê: “a guerra, para a Shapetek, foi uma oportunidade, porque empresas, sobretudo de França, Alemanha, Espanha e Itália, vocacionaram-se mais para a área de Portugal, por não haver mão-de-obra, sabendo nós que na Ucrânia, Polónia (…) é muito mais barata do que aqui”. Contudo, “os nossos clientes que tinham empresas na Ucrânia tiveram que fechar e andar à procura de parceiros para essa valência”, contam aqueles responsáveis. Foi nessa altura que surgiu uma nova oportunidade, que a empresa não desperdiçou e agarrou “com força”, o que se traduziu num acréscimo de “cerca de 40% a nível de trabalho para o exterior”, nomeadamente para países como a França, Alemanha, Itália e Roménia.
E se o ano que terminou foi pródigo nestes campos, o mesmo se poderá aplicar à abertura da empresa ao ramo da indústria farmacêutica, impulsionada pela “entrada de um novo colaborador”, explica Albino Santos. “Estamos a desenvolver cada vez mais ferramentas para essa indústria”, tendo como horizonte, para já, o mercado nacional, ainda que o objectivo seja expandir para fora das fronteiras deste território.
À bandeira da excelência que ergue diariamente não é indiferente a aposta no desenvolvimento tecnológico
Investigação & Desenvolvimento Tecnológico
À bandeira da excelência que ergue diariamente não é indiferente a aposta no desenvolvimento tecnológico. Só desta forma pode a empresa, de forma sistemática, aumentar a base do conhecimento científico sustentado, afirmam os sócios. Para isso, a empresa constituiu uma equipa dedicada à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (I&DT) e que assume as redes dos projectos desenvolvidos a esse nível. São disso exemplo o PROin – Processo Integrado de Controlo e Manipulação, desenvolvido em consórcio com o Centimfe, da Marinha Grande, mas também o AGRISAFE, vocacionado para o desenvolvimento de um sistema automático e extensível de estruturas de protecção anti-capotamento para tractores agrícolas e florestais de dimensões reduzidas. “Já temos um protótipo feito e testado e a próxima fase será expô-lo ao mercado”, revela Albino Santos.
Na esfera do I&DT, destaque também para o “Hands Free Door Openers”, mais conhecido como “COVID Porta Aberta”, no âmbito do qual foi criado um puxador que pretendia ser mais uma resposta no combate ao vírus, graças a um mecanismo que permite a abertura de portas sem usar as mãos, nomeadamente em locais de grande afluência. O projecto, já patenteado, resulta de um consórcio que teve como parceiros a Shapetek, o Centimfe, o Instituto Politécnico de Coimbra e a empresa Sandredy.
A estes acresce o SMAI – Soluções Modulares Adaptativas e Integradas, um projecto enquadrado no Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego com o objectivo de promover o alargamento da cadeia de valor da empresa, onde se inclui a criação de novos postos de trabalho e o reforço da posição competitiva da empresa.
E é precisamente às parcerias que a Shapetek atribui alguns dos seus pontos fortes. “Um dos pontos fortes da Shapetek é trabalhar em parceria com empresas que são nossas fornecedoras e nossas clientes também”, explica Albino Santos, para evidenciar a importância desta estratégia. “Não temos todo o tipo de valências aqui dentro e procuramo-las, muitas vezes, em projectos com parceiros”.
“Um dos pontos fortes da Shapetek é trabalhar em parceria com empresas que são nossas fornecedoras e nossas clientes também”
Participação em feiras
O mérito da Shapetek fala por si e é o melhor cartão de apresentação do trabalho ali realizado, mas a empresa reconhece que a participação em feiras, nomeadamente em França (com possibilidade de alargamento a outros países, sobretudo Espanha), tem sido “uma mais-valia” na angariação de novos clientes.
Para o início de Março, a empresa tem já em agenda a MIDEST, em Lyon, considerada a maior feira mundial dedicada exclusivamente à subcontratação industrial. Nesta deslocação, a Shapetek estará integrada num grupo de empresários portugueses pertencentes à AIMMAP (Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal). Na feira, e como explica Joel Gonçalves, a empresa estará posicionada na área destinada a Portugal, que reúne “todos os portugueses associados que ali estão a divulgar os seus produtos e serviços”.
“Na globalidade podemos dizer que somos procurados por todo o tipo de clientes, nomeadamente e não desprestigiando as restantes industrias e clientes, mas no topo estão as montadoras de automóveis e seus fornecedores, fabricantes de satélites e a já referida indústria farmacêutica, onde a exigência e qualidade são requisitos irrevogáveis, razão pela qual somos uma referência”.
*PUBLIREPORTAGEM publicada na edição impressa de 12 de Janeiro