O Teatro Amador de Pombal (TAP) vai celebrar o seu 43º aniversário com a estreia de uma nova produção teatral – “9 Mulheres” – com encenação de Sara de Castro e Rui M. Silva. O espectáculo, com um preço de dois euros por pessoa, subirá ao palco do Teatro-Cine de Pombal na quinta-feira da próxima semana (dia 13).
No mesmo dia, às 23h30, o Jardim da Várzea acolhe, em concerto, os “Lavoisier”, um projecto de Roberto Afonso e Patrícia Relvas, com entrada livre.
“9 Mulheres” é uma peça baseada na obra Lisístrata de Aristófanes e será interpretada por Carla Ribeiro, Daniela Gaspar, Gabriel Bonifácio, Humberto Pinto, Joana Ferreira, Joana Mendes, Patrícia Rolo e Paulo Rodrigues.
“Se as mulheres na Antiga Grécia fizeram greve ao sexo para obrigar os seus homens a regressar a casa e acabar com a guerra, porque é que a guerra ainda não acabou?”, é a questão que a peça pretende responder.
“A verdade é que naquela comédia de Aristófanes, a Lisístrata, as mulheres uniram-se e conseguiram acabar com a guerra entre Atenas e Esparta. Mas os ecos das suas vozes corajosas e obstinadas foram-se muitas vezes perdendo ao longo da História e a guerra foi sempre acontecendo. À voz daquelas mulheres da Grécia, outras vozes se lhes juntaram. Vozes de mulheres oprimidas das mais variadas formas, que foram encontrando outras formas de se fazer ouvir, às vezes, formas violentas”, revela a sinopse, adiantando que o espectáculo resolve, então, “colar estas vozes distintas e separadas por vinte e cinco séculos para reflectirmos, hoje, sobre a voz das mulheres.”
Por sua vez, “Lavoisier” é um grupo formado por Roberto Afonso e Patrícia Relvas, que nasceu com a “necessidade interior de criar um diálogo, onde a expressão musical é elevada ao seu expoente mais sensível.” “A estadia em Berlim, entre 2009 e 2013, criou-lhes um novo olhar e, com a distância, chegou a inevitável ‘saudade’”, refere o TAP.
Ainda segundo o grupo, este projecto musical, com três trabalhos discográficos editados, “tem sido apresentado ao vivo em Portugal, Alemanha, Holanda, Dinamarca, França, Itália e Brasil, levando assim o exploratório da música portuguesa para o mundo.”