A Junta de Freguesia de Vermoil e o gabinete projectista que com ela tem trabalhado nos últimos dois anos, apresentaram, no passado dia 5, aquilo a que chamaram “um esboço do pensamento que têm para o centro de Vermoil”. O Projecto de Reabilitação Urbana da localidade dá ainda os primeiros passos e a ideia foi mostrar aos vermoilenses o que se está a pensar fazer e pedir a sua opinião. A apresentação decorreu na Escola Cultural de Vermoil.
Na nota inicial, Daniel Ferreira, presidente da Junta, lembrou que há cerca de 30 anos que o centro de Vermoil não tem qualquer intervenção de vulto. “Está vocacionado para o uso de carros e o que nós estamos a tentar fazer é trazer as pessoas para o centro”, esclareceu. O autarca diz que é preciso modernizar Vermoil, mas que colocar o projecto em prática vai levar vários anos e terá que ser feito faseadamente, até devido ao valor do investimento que, sem nunca ter sido concretizado, foi dito que será bastante alto.
O projecto foi apresentado pela Huma Arquitectura e preconiza a retirada do trânsito de pesados no centro de Vermoil, a reorganização dos sentidos de trânsito, privilegiar o peão e reorganizar/regrar o tráfico viário. A sua área de implantação será no espaço entre as duas igrejas da localidade, com arranjos urbanísticos junto das mesmas. A ideia passa por requalificar o jardim junto à igreja velha e limitar o trânsito no troço da Rua dos Combatentes que passa em frente à igreja. Além disso, pretende-se que a Rua dos Combatentes tenha apenas um sentido de trânsito, fazendo-se um prolongamento da mesma, por detrás da igreja, até à Rua João de Barros. O projecto propõe também a aquisição de um terreno entre a Rua João de Barros e a Rua do Outeiro da Mata, onde se localizará um parque de estacionamento que servirá também para o recinto da feira. O coreto em frente à igreja nova seria demolido e substituído por um equipamento de apoio a actividades.
Se em relação à demolição do coreto, que poderia gerar alguma polémica, os populares presentes na apresentação até concordaram, houve algumas vozes cépticas no que respeita às alterações ao trânsito. Junta de freguesia e câmara municipal voltaram a referir que este é apenas um primeiro esboço, com o vereador Pedro Navega a dizer que “estamos a tentar perceber as sensibilidades”. O autarca acrescentou que, no caso da igreja velha, a ideia é garantir sempre o acesso aos comércios aí existentes, mas reduzindo o trânsito. O edil Pedro Pimpão afirmou que “o objectivo é melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
O projecto vai agora ser amadurecido e, dentro de alguns meses, poderá ser de novo apresentado à população, já com a incorporação de algumas alterações resultantes de contributos entretanto chegados à junta de freguesia.
*Notícia publicada na edição impressa de 12 de Dezembro