Com os custos da saúde a aumentarem, sem mecanismos cooperativos de protecção perante a doença em animais, quer sejam de produção ou de companhia, com os aumentos dos custos dos utensílios e consumíveis utilizados na prestação de cuidados aos animais e com a diminuição dos recursos económicos das pessoas, corre-se o grave risco de surgirem casos de epizootias que irão causar graves prejuízos às economias das famílias e empresas dedicadas à pecuária. Pior, grandes perigos para a saúde de proprietários e consumidores. A proximidade a animais doentes, além da solidariedade e compaixão que causa em pessoas normais é um risco para a sua saúde e economia e tem de ser prontamente atendido e resolvido. Cruel e perigosa será a atitude passiva do “deixa passar um tempo que pode ser que aquilo melhore”. A atitude do “deixa andar” só vai piorar as possibilidades de tratamento, pode fazer disparar o seu custo e prolonga o sofrimento. Há então que se recorrer aos serviços de um médico-veterinário de sua confiança que lhe deverá propor as soluções que entender necessárias. É da responsabilidade do detentor a escolha da solução. E não deve temer qualquer apreciação da sua decisão, uma vez que só ele sabe das condições emocionais, financeiras e outras que o motivam. Contudo, é da responsabilidade do médico-veterinário propor as soluções atendendo aos interesses do animal, do seu apresentante e da saúde publica e não na perspectiva egoísta, pouco ou nada ética e até algo desonesta, da obtenção de lucros rápidos. Nesse caso, atraiçoa-se a confiança depositada, atraiçoa-se a classe e a profissão, revela-se mau
carácter. Por muito bom técnico que seja, não é merecedor de confiança. Claro que esta é apenas uma opinião pessoal e não viso atingir senão a atenção do leitor para duas coisas: não tema ser demasiado cedo para cuidar do seu animal e escolha bem em quem deposita a sua confiança. Não há capadores, curiosos ou vizinhos que cuidem do seu bicharoco melhor do que o próprio dono.
Bem hajam, até breve!
Carlos Tomaz