Os tempos atuais de pandemia fizeram repensar o nosso modo de vida e exigem, mais do que nunca, a adoção de medidas preventivas para que se possa controlar a sua progressão.
A doença pelo novo coronavírus (COVID-19) é uma doença recente que se transmite de pessoa a pessoa, e cujos sintomas mais frequentes são a tosse, febre e dificuldade respiratória, podendo existir outros sintomas mais ligeiros. Face a estes, é importante que as pessoas contactem os serviços de saúde, nomeadamente através do SNS 24 (808 24 24 24). A transmissão do vírus pode fazer-se por contacto direto: por gotículas produzidas quando alguém infetado fala, tosse ou espirra; ou por contacto indireto, quando as nossas mãos tocam numa superfície ou objeto contaminado e, de seguida, nos olhos, nariz ou boca.
Devido a esta tão fácil transmissão, é crucial o cumprimento de medidas de distanciamento e higiene pessoal e ambiental. A Direção Geral de Saúde destaca as 5 medidas seguintes:
– Distanciamento entre pessoas: devemos manter uma distância de pelo menos 1,5 a 2 metros das outras pessoas, evitar o contacto com pessoas sintomáticas/suspeitas, utilizar preferencialmente os serviços telefónicos ou eletrónicos; não partilhar artigos pessoais;
– Utilização de equipamentos de proteção: por exemplo, máscara (respirador, máscara cirúrgica ou máscara comunitária), viseira ou luvas, sendo que a utilização destas últimas não está recomendada na comunidade;
– Higiene pessoal, como a lavagem das mãos (com água e sabão, de forma frequente e cuidada durante pelo menos 20 segundos, não usando acessórios) e etiqueta respiratória (evitar a projeção de gotículas, tapando a boca e nariz quando tosse ou espirra);
– Higiene ambiental, nomeadamente limpeza e desinfeção (a lixívia é um desinfetante eficaz a eliminar o vírus e deve ser diluída em água fria com posterior arejamento);
– Automonitorização de sintomas, isolando-se caso surjam sintomas sugestivos de COVID-19.
Não existindo atualmente uma vacina ou tratamento específico para a doença, estas medidas tornam-se fundamentais no combate à COVID-19.
Em suma, somos levados a admitir que esta nova realidade nos coloca novos desafios, aos quais somos todos chamados, dado que todos somos um importante agente de saúde pública. Este sentido cívico sairá certamente reforçado com o esforço individual e coletivo.
Gostaria ainda de deixar claro que os serviços de saúde têm circuitos separados para COVID-19, pelo que sempre que se justificar deve recorrer presencialmente a estes serviços, de preferência contactando-os previamente.
Artigo elaborado por,
Marco Gonçalves
(Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra)