Nasceu em 1914, em Nova Iorque, com o nome de William Schloss. Schloss em alemão quer dizer castelo e foi assim que adoptou o sobrenome Castle para a sua carreira artística. Notabilizou-se mais pelas grandes campanhas de marketing com que acompanhava os seus filmes do que pela qualidade destes, mas não deixa de ser um nome de Hollywood pouco conhecido da maioria e, é por isso, que o recordo nas próximas linhas.
Castle começou a sua carreira como actor na Broadway aos 15 anos e aos 18 já dirigia peças. No entanto, foi só aos 25 anos que iniciou a sua carreira de realizador que, à data da sua morte em 1977, contava com 65 títulos. Como fã de Hitchcock, passou a imitar muito do seu estilo, aparecendo nos trailers e até nos seus próprios filmes, chegando ao ponto de, tal como o realizador inglês, ter uma silhueta de referência. No início da carreira realizou muitos filmes, mas foi no final da década de 50 do século passado que deu mais nas vistas. Insatisfeito com o fim anunciado do 3D, que tinha surgido por essa altura mas que rapidamente passava ao esquecimento, optou por fazer grandes campanhas de promoção dos filmes, atraindo o público para as salas de cinema. Por exemplo, em “Macabre”, oferecia um seguro a cada pessoa da audiência se morressem durante a exibição do filme. Já em “A Casa Assombrada” fez sobrevoar um esqueleto por cima das cabeças das pessoas, que, aparentemente só assustava crianças com menos de cinco anos. Em “The Tingler” uma voz durante o filme anunciava que o assassino andava à solta no meio da plateia, com o intuito de causar pânico, além de alguns banco vibrarem e em “13 Fantasmas”, utilizou um novo método que supostamente melhorava o 3D, chamado “Illusion-O”.
A cada pessoa era dado uma espécie de óculos de papelão, que substituíam os óculos 3D, e onde era suposto serem vistos os fantasmas. Quem tivesse mais medo na audiência olhava pela cartolina azul e não via os fantasmas. Os mais corajosos olhavam pelo lado vermelho e viam os fantasmas mais fortemente. Na realidade, com ou sem estes óculos via-se exactamente a mesma coisa.
Curiosamente, o seu maior sucesso acabou por ser como produtor, em “A Semente do Diabo” de Roman Polanski.